sábado, 9 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Minhas lembranças do Marcus Francisco

Sergio, fiquei de lhe enviar alguma coisa, de minhas lembranças, sobre o Marcus Francisco. Aí vai: "Conheci o Marcus Francisco no início da década de 1970, no Rio de Janeiro, quando eu vivia, entre o Rio e São Paulo, fugida da repressão. O encontro, no fim da tarde, foi em uma pequena sala, meio escura, em minúsculo apartamento. Ele estava com meu irmão Sergio Pinheiro e um outro pintor, que não me lembro. Talvez o Potinho, não sei. Nossos mundos, embora com interesses distintos, a política e a pintura, não eram muito diferentes. Eu envolvida com mil histórias da repressão, mas cheia de idéias intelectuais. Eles, não sei direito o que faziam em grupo no Rio, tão pouco se preocupavam em explicar, dispostos a retratar em quadros e em cores o que viam e sentiam. Combinávamos com aquela época efervescente. Enquanto eu procurava me manter no nível racional, eles viajavam em todas. Viviam um processo interior, eu exterior. A mente deles era a mil. Engatei uma conversa com Marcus Francisco sobre uma idéia que eu tinha: escrever a história do Brasil em quadrinhos. Estava dando aula em uma escola israelita, no Bom Retiro, em São Paulo, e lia muito Caio Prado Júnior para preparar minhas aulas. Adorava contar a história do Brasil colonial para crianças. O Marcus Francisco prestou muita atenção no meu relato e achou muito legal a idéia de uma história real contada em quadrinhos. Recordo que batemos longo papo sobre esse meu plano, que nunca realizei nem movi nenhuma ação nesse sentido. Naquele tempo, tínhamos idéias sobrando! Nunca esqueci aquela conversa e guardei na lembrança a imagem atenta, inteligente e vivaz do Marcos Francisco. Penso que na minha história em quadrinhos as pessoas seriam desenhadas como as pintadas por ele em seus quadros." Maria Francisca Pinheiro Coelho
Escritora

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

markus: A Trama

markus: A Trama Este texto se encontra monoscrito na mancha de um belíssimo bico de pena aqualerado assinado marKus francisKu e datado Fortaleza 1975. Eu procurei ser o mais exato diante dos neologismos. Confesso gostei sobremaneira de "desesista". Outro texto compõe o desenho e narra uma infinidade de Bip Bip Bip Bip Bip....... Aguardem

A Trama

Por traz de tudo existe a trama A trama em círculos...... O calculo O excesso O desvio da visão..... Sem fim de interferências... Acrescente-se o mecanismo A paisagem contínua Os"rezamentos"..... Acrescente-se A solidão.... O excesso de realidade Os elementos..... Alimente-se de lágrimas Desespere-se..... Calcule o espaço Meça-se da cabeça aos pés.... Se faça presente Orgulhe-se Esqueça-se "Desesista" Esqueça o pão
Regrida.....
Olhe o espelho
Tente não se ver
Amamente a televisão
Esqueça o pecado
Dose o café
Com o pó do deserto
Sinta o doce de ser só
Acelere a pena
Apague o celebro
Não pense na radiografia.
Não exceda de intimidade,
Pois ao redor todo
Parece está sendo construído....
Com ódio um do outro.....
Mas por traz de tudo
Está a trama
A precisão
A pulsação em vida.....
Markus Francisko
Fortaleza 1975

domingo, 25 de novembro de 2007

Assinatura

O quadro que leva esta assinatura e que chamo de monolito é no meu entendimento de enorme importância. Aqui agora apenas remarco os K no franciskus e no markus e o ano de 1970. Voltarei mais tarde sobre este monumental monolito.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Notícias sôbre as zebras impressionistas

markus: Zebras na paisagem impressionista Exitem ainda as zebrinhas pretas e brancas. Umas sinco que estão na parede defronte à mesa da dotora Márcia. Como são misteriosas! Técnicamente essas aquarelas trazem um "pulo do gato" antigo passado pelo mestre Zenon Barreto. Consiste em aplicar um antidesenho em sêra de vela, ou seja, um desenho negativo. Aonde for aplicado a sêra o guage não gruda. O que se traduz em linhas ou espaços brancos. Não pressisam me agradeserem pela dica. Acredito na infinita criatividade do artista. E acredito que na arte um ponto ético muito importante é a honestidade. Dois pontos tratam da honestidade na arte. O primeiro acabo de me referir e o segundo trata da falta de honestidade quando negociamos o resultado do nosso trabalho. Existe muita sacanagm neste quisito. E muito folclore.

Zebras na paisagem impressionista