A polêmica do nome

A Polêmica do nome:Na hora do batizado do Marcus, fato que ocorreu antes de ele completar um mês de vida e que foi na igreja do Carmo, houve um entrevero demorado entre nosso pai e nossa mãe. Ela defendia a tese de que o nome deveria ser simples e objetivo, além curto e fácil de se escrever e ler. Marcos com os era o que ela queria e ele, com us, argumentando as conexões que os nomes originais faziam com figuras de representatividade mundial, de grande caráter e poder. Acreditava ele que ao se pronunciar o nome, antepassados seriam evocados e seus poderes poderiam ser positivos na personalidade e caráter do hospedador do nome. Marcus então evocava o imperador romano Marcus Aurelius Antoninus que havia sido um imperador de bom caráter (difícil de se acreditar, mas...) e cuidara muito bem do povo romano e do império, sem grandes transgressões. Franciscus chamaria o santo, dono desse nome, que segundo reza, foi um relutante e ao mesmo tempo revolucionário da Igreja Católica no sentido da recusa aos bens materiais e dedicação exclusiva à Cristo, sem pedir ou querer vantagens. Certa vez muitos anos após seu nascimento. Acho que o Marcus tinha seus quase trinta anos, ele leu em algum lugar que São Franciscus havia se despido em público para protestar contra a usura da igreja e, a parte, de seus familiares. Lembro-me das gargalhadas sonoras e ao mesmo tempo alegres que despejava sem economia no ambiente e disse: “Tô com vontade de andar nu por aí”. Essa foi a principal polêmica que tive notícia sobre o seu nome. Alguma coisa dessa discussão parece ter repercutido nele porque vira e mexe ele mudava de assinatura nos seus trabalhos